terça-feira, 24 de novembro de 2009

Tempestade

É tudo remendado, no susto. Nada tem começo, meio e fim. Do dia pra noite o que era já não é mais. O errado fica certo e o certo fica errado. Falta foco, centro. Tem muito debate e embate. Muitos a palpitar. Ninguém quer empatar, mas sempre ganhar. Confusão, desespero, tiros sem direção. Parece uma tempestade sem dia e hora para acabar.

domingo, 22 de novembro de 2009

Mudança!

De um lado do rio a terra é seca e árida. Do outro é verdejante e gradativamente iluminada pelo sol que surge no horizonte. Sol este que anuncia um futuro inocente e repleto de uma confiança infantil que nos faz lidar melhor com o processo de luto e enxergar a mudança como algo positivo e instigante.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Hoje eu quero um ofurô de cerveja

Hoje eu quero um ofurô de cerveja. Quero nadar neste líquido borbulhante que acalma e faz rir. Quero com colarinho para deixar o visual ainda mais convidativo ao banho. Quero ser servida de picanha fatiada na chapa, aquela que o cheiro impregna em tudo e em todos. Quero comer sem peso na consciência e esquecer das calorias que acompanham este prazer. Quero o papo de boteco, sem interesse, despojado, com gargalhadas e sem hora pra acabar. Quero dormir um sono pesado sem me preocupar com o dia de amanhã. Esquecer o despertador. E quando acordar, sem pressa, quero dar de cara com um dia ensolarado na praia!

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Sobreposto


Esse texto lindo que está logo abaixo é de autoria da minha querida amiga, Fabiana Trebilcock. Amiga que espalha por aí magia e palavras doces. Eu também quero sapatilhas de bailarina para não acordar os incrédulos de plantão!

Amei a colaboração!


Me empresta sua varinha de condão? Hoje eu quero sair por aí brincando de pirlimpimpim. Quero me jogar no vento e pedir para ele me levar onde posso ter o poder de mudar. Transformar choro em riso, levar a esperança onde ela se perdeu em labirintos de tons escuros. Nem que eu para isso precise encontrá-la em mim mesma. Se o resultado do esforço puder ser dividido eu me sacudo com gosto. Me viro de ponta cabeça como uma bolsa a procura da última moeda.


Me empresta sua cartola? Dela quero tirar raios de luz branda e deixar os coelhos dormindo em paz. Quero acabar com esse breu que tem se espalhado por aí, que tanto faz mal aos corações ávidos por sentimentos cor de rosa. Prometo que se me sobrar tempo te ensino alguns truques do meu passado.


Hoje quero me acreditar fada. Quero me despir dessa armadura, ela tem me pesado deveras. Me empresta aquele vestido lilás? Ah, também quero sapatilhas de bailarina. Elas serão úteis para que eu invada os sonhos e os traga até a realidade na ponta dos pés. Para não acordar os incrédulos, sempre alertas. De forma a não incomodá-los, sussurrarei palavras doces nos ouvidos merecidos, enquanto olhos fechados desenharão em cores mágicas as histórias que contarei.


Me devolve a minha paz, por favor? Preciso dela para dormir essa noite!!!


Fabiana Trebilcock